Ser dependente de crack, ou de qualquer outra droga, não é um estado ou fase da vida, mas uma doença crônica que atinge o cérebro e exige tratamento e acompanhamento profissional por um longo período. O primeiro uso não necessariamente causa dependência, de acordo com a psiquiatra e pesquisadora sobre álcool e drogas Florence Kerr Correa, mas a substância age de forma rápida e, em cerca de um mês, o vício está estabelecido no organismo. “É um tempo extremamente curto se compararmos ao álcool, que leva de 10 a 15 anos para provocar o alcoolismo”, destacou a médica.
O Brasil é o maior mercado de crack do mundo, de acordo com o Segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, divulgado pela Universidade Federal de São Paulo em 2012. Em 2011, um em cada 100 adultos fumou a droga, o total de 1 milhão de brasileiros acima de 18 anos. A pesquisa foi feita com 4.607 pessoas de 149 municípios do País. A maioria dos usuários está concentrada na região Sudeste (46%), seguida por Nordeste (27%), Centro-oeste e Norte (10%) e Sul (7%). O uso da droga em áreas urbanas é três vezes maior do que nas rurais, apurou o estudo.
A “cracolândia”, em São Paulo, contava com mais de 440 usuários de crack em 2010, de acordo com um levantamento feito por agentes da prefeitura na época. É nessa região onde uma ação do governo do Estado de São Paulo pretende agir: foi assinado um termo de cooperação com o Tribunal de Justiça (TJ-SP), Ministério Público (MP-SP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) para a internação involuntária de dependentes da droga, quando se julgar necessária, diante de uma avaliação médica. A ação foi reagendada para esta segunda-feira (21).
Internação, desintoxicação, abstinência, terapia e recaídas: veja a seguir como funciona o tratamento para livrar o organismo do crack.
Não uso desde abril de 2012, usei ontem 5 gramas de crack.
Gostaria de ver a continuação…Internação, desintoxicação, abstinência, terapia e recaídas.
vlw