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A recuperação das economias avançadas será “anêmica, mais lenta”, enquanto os emergentes apresentarão um “crescimento mais robusto”, afirmou Nouriel Roubini nesta sexta-feira. Em fórum realizado em São Paulo, o economista conhecido como “Dr. Apocalipse”, por causa de suas previsões sobre crises financeiras, apontou também que haverá um deslocamento no poder econômico global por causa disso.
“Mesmo antes da crise (global de 2008) houve um deslocamento do poder econômico, pois o crescimento dos EUA foi de 3%, o do Japão e da zona do euro de 2%, enquanto nas economias emergentes de 5% a 8%”, afirmou.
Segundo Roubini, mesmo se a economia dos países avançados voltasse a crescer no ritmo de antes da crise, as economias emergentes ainda estariam na frente. Entre China, Índia e Rússia, o Brasil (Bric) é o que está melhor e que tem o “crescimento mais balanceado”.
A “diversificação maior da economia” conta como ponto positivo, de acordo com o economista. A grande variedade de recursos como produção agrícola, manufaturados, petróleo e minerais é vantajosa para um crescimento equilibrado.
O desafio para o Brasil agora é não deixar os preços das commodities subirem muito para não causar a perda de competitividade. “O crescimento econômico do Brasil está estimado em 6%, e há otimistas que acreditam em 6,5% ou até 7%”, afirmou o economista, que previu a crise de crédito imobiliário nos EUA.
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