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Roberta e Marcelo namoravam há dois anos e tudo corria tão bem no relacionamento que decidiram comprar uma casa. Roberta não queria “juntar”, como ela diz, “sair de casa sem fazer como manda o figurino”, ela sonhava em se casar. A relação dos dois era intensa e decidir pela cerimônia não foi um problema: “ficamos noivos e tudo estava perfeito, para mim, ele era o homem da minha vida”, contou. Não era. Três meses antes do casamento, Marcelo transformou o sonho de Roberta em pesadelo: “disse que não queria se casar, que eu era boazinha, mas que ele não gostava mais de mim”.
Porém depois de todo o tempo juntos e quase um ano de preparativos para o casamento, entre escolha da igreja, buffet, DJ, vestido de noiva e tudo mais que um casamento perfeito pode ter, ela pensou que era apenas um surto. “Afinal, dizem que homens ficam nervosos quando o casamento se aproxima”, disse Roberta. “Parecia que eu iria acordar e tudo seria mentira”, lembra do que pensou na época. O tempo passou e não teve volta. Roberta perdeu peso, passou noites em claro, e sofreu a cada comunicado de cancelamento. Sem falar no prejuízo de cerca de R$ 10 mil.
A “história de novela”, como ela mesmo define, não terminou por aí. Marcelo não desapareceu da vida de Roberta; no dia que seria o do casamento, ele foi à casa dela, arrependido. Os dois começaram a se encontrar aos finais de semana, ”até que ele conseguiu vender a casa que tínhamos comprado e precisava da minha assinatura. Assinei, entreguei os documentos, e ele desapareceu”, contou. Foi então que Roberta descobriu a verdadeira razão para o cancelamento do casamento: “ele estava namorando uma prima de primeiro grau e iria casar com ela”. Eles se casaram dois anos depois.
Trabalhar, sair e viajar
Roberta encontrou na vida profissional e viagens uma forma de se recuperar. “Com o dinheiro que meu pai pagaria a festa, dei entrada em um carro e comecei a dirigir, me tornei mais independente. Sempre fui muito tímida e de repente estava me enturmando, viajando com pessoas que nem conhecia. Comecei a trabalhar para ter dinheiro para sair e viajar”, disse. Nos últimos seis anos, Roberta viajou pelo Brasil, para a Argentina, Chile, Uruguai e para os EUA: “realizei meu sonho de criança de conhecer a Disney”.
Roberta superou o fim do “quase casamento”, mas desde o ocorrido não teve relacionamentos sérios e nem tem planos. “Desconfio muito dos homens e agora sou mais seletiva para me envolver”, contou. “Prefiro não me prender e se aparecer alguém, terá que gostar de viajar para me acompanhar”, completou.
Separação internacional
A decisão de casar para Carolina veio mais como uma medida prática do que como um sonho, mas nem por isso foi menos traumática. Ela conheceu um polonês quando trabalhava em navio, os dois se apaixonaram e começaram um relacionamento sério, que durou quase três anos. Eles decidiram começar uma vida juntos sob o mesmo teto e, para facilitar a ida dela para a Polônia, marcaram o casamento. Ela juntou as economias que tinha, largou o emprego no Brasil e se mudou para a país. “Foram dois dias de discussões intensas em um quarto de hotel”, lembra ela sobre o momento em que os planos afundaram.
“Ele disse que não estava pronto, me deu uma grana para eu voltar para o Brasil e recomeçar. Ele ficou mal, mas disse que um dia eu iria agradecer”, contou. Carolina não entendeu na época, afinal havia largado tudo para ficar com ele, mas passado o tempo, ela realmente se sentiu aliviada por não ter seguido com o matrimônio. O trauma, porém, levou dois anos para ser superado: “eu me voltei para espiritualidade para entender que algo dentro de mim precisava mudar”, contou.