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Acusado de ser mandante de assassinato, baterista da banda AC/DC foi ao tribunal na Nova Zelândia quase causou acidente e zombou de jornalistas
O baterista da banda AC/DC Phil Rudd compareceu na manhã desta quarta-feira, 26, ao Tribunal Superior de Justiça de Tauranga, na Ilha Norte da Nova Zelândia. O julgamento estava marcado para às nove da manhã, porém Rudd se apresentou vinte minutos depois do horário previsto de início. Vestindo trajes casuais, o músico estava com aparência abatida e com dificuldade na fala. Rudd foi chamado pelo juiz, que anunciou o adiamento do julgamento para o dia 2 de dezembro, já que as acusações mantidas contra o baterista – ameaças de morte e porte ilegal de drogas – não se enquadram na qualidade grave e, portanto, não devem ser julgadas pelo Tribunal Superior.
Ao receber a notícia, o baterista cantou e batucou na bancada dentro do Tribunal. “Estou feliz”, justificou Rudd ao ser repreendido por um agente de polícia. Rudd deixou o Tribunal escoltado por seguranças e ao ser perseguido pelos jornalistas montou nas costas de um deles. “Não vou falar com vocês”, disse o baterista aos repórteres presentes. Rudd ainda ironizou os profissionais que, segundo ele, achavam que iam o “pegar” e criticou o trabalho da imprensa. “Vocês acharam que iam rir de mim, agora eu é que posso rir, ha-ha-ha”, disse. Antes de entrar em seu carro, o músico fez sinais obscenos aos jornalistas e proferiu xingamentos.
Rudd ainda quase causou um acidente ao deixar o Tribunal dirigindo em alta velocidade quando quase bateu em um caminhão ao sair do local. Ele engatou a ré e o caminhão teve que frear rapidamente.
O julgamento desta quarta-feira foi convocado no dia 6 de novembro, após Rudd ter a casa revistada por policiais e ser preso sob acusações de envolvimento no planejamento de assassinato, ameaças de morte e porte de meta-anfetamina e maconha. Ele teve que pagar fiança para ser liberado. A acusação sobre Rudd ser o “cabeça” de um homicídio foi retirada 24 horas depois e, por isso, o julgamento desta quarta-feira foi adiado para a próxima semana.
Entenda o caso
O baterista da banda AC/DC foi preso no início deste mês, no dia 6 de novembro, acusado de portar metaanfetamina, maconha, ter planejado um assassinato de uma pessoa na Nova Zelândia e ameaçado outras de morte. Phil Rudd tem 60 anos e vive na Nova Zelândia desde a década de 1980, o baterista teve a sua casa em Tauranga, na Ilha Norte, revistada por policiais após uma denúncia anônima e foi levado até o Tribunal Superior de Justiça da cidade. Rudd teve que pagar fiança para ser liberado, porém, 24 horas depois de seu depoimento a promotoria retirou a acusação de “planejamento de assassinato” por falta de provas.
O músico continua sob acusações de porte de drogas e ameaças de morte no país, razão pela qual compareceu novamente ao Tribunal nesta quarta-feira, 26. Se condenado, o baterista pode pegar cerca de 10 anos de prisão. Rudd já foi encontrado portando 25 gramas de maconha na Nova Zelândia em 2010. Os danos à imagem de Rudd por conta da acusação de relação com assassinato são incalculáveis. O ocorrido foi noticiado ao redor do mundo, e os membros do grupo Angus Young e Brian Johnson não confirmaram o retorno do baterista ao AC/DC após o episódio.
Phil Rudd é o único australiano membro da banda AC/DC. Ele se mudou para Nova Zelândia após deixar o grupo em 1983 por problemas com álcool e drogas, no entanto, retornou ao AC/DC em 1994. O músico também tem um restaurante em Tauranga. A banda deve lançar o álbum Rock or Bust, o primeiro trabalho em anos, em dezembro e fazer uma turnê em 2015, mas a presença de Phil Rudd ainda é incerta. A banda AC/DC, formada em 1973, já vendeu mais de 200 milhões de discos.
*EGO – http://ego.globo.com/famosos/noticia/2014/11/phil-rudd-tem-julgamento-adiado-e-insulta-jornalistas-ao-deixar-tribunal.html